quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mil e uma faces...

Olá, andarilho (na falta de um termo que defina melhor um andarilho virtual, dispenso a modernidade)! Desde já agradeço a visita e dedico o kick-off a você, desconhecido, que me inspira e imprime em mim a vontade de compartilhar minhas sandices de cada dia! De certo não farei deste blog um mero diário virtual. Acredito que essa tenha sido a origem da maioria dos blogs, salvo engano. Pretendo despejar aqui minhas inquietações intelectuais sobre este canto que nos rodeia e esta fonte que nos alimenta: a mente.

Bom, depois de algum tempo resistindo à tentação de criá-lo, irrompe este caderninho eletrônico com um título bastante sugestivo. Antes de mais nada, não me perguntem o porquê do título. Ele foi mais fruto de um espartilho de criatividade após várias tentativas frustradas do que qualquer coisa intencional. Na verdade, não há acasos nessa vida; até pra fazer esse treco aqui, o melhor ficou por último e por isso não me foi permitido usar nenhuma vanguarda anterior. Agradeço-te, ó Grande Byte que roga por nós!

Aproveitando o ensejo do título, nada mais propício do que fazer uma primeira postagem de acordo com o que a fachada sugere, não é mesmo? Portanto e para tanto, aventuro-me nesta data tão oportuna a falar sobre a mutabilidade do caráter do ser humano. Serão estas faces falsas ou apenas determinações do meio? Como uma pessoa pode ser várias pessoas e, pior, em curto espaço de tempo? Discutiremos.

Julgo importante dizer que não pretendo fazer desse blog um espaço acadêmico. Na verdade, essa idéia legal fica pra outro blog no qual viajarei ainda mais profundo nas cercanias do Direito Dogmático Moderno e suas facetas. Até então, não será discutido nada desse assunto por aqui. Além disso, ávidos leitores (oh I wish!), por favor, digam-me se tenho feito uso de palavras rebuscadas e sentenças de difícil compreensão. Não creio que o meu vocabulário seja tão vasto; posso, infelizmente, confundir alguém com um período muito longo pra idéias vagas e de longa explanação. Tradução = VIAGEM DA BOA, VÉÉI!

Ao que interessa! Esses dias, lembrando de como nós mudamos com o passar do tempo, cheguei à conclusão que o passar do tempo não é, per si, fator preponderante às mudanças do nosso caráter. Na verdade, nossa mutação está mais para a necessidade do momento do que para qualquer outra coisa. Julgar se estas mudanças são corretas ou não, é outra coisa. Creio que a gente, como que num mimetismo social digno de uma tese weberiana, se adapta aos ensejos da situação. Porquanto é comum percebermos que o réu mente descaradamente quando acusado, que a carpideira (ah isso não é comum haha) chora rios de lágrima se o dinheiro for bom.

É curioso sabermos que temos a opção de mudar o nosso humor quando bem entendemos. O nosso caráter não, este não é tão mutável assim. Leva muito tempo pra gente conseguir modificar alguma coisa do que a gente é e conseguir agir fielmente. É legal a gente poder mudar de humor quando bem entender. Talvez, por ser uma coisa tão singela, isso possa passar desapercebido, mas, é bem interessante você ter que rir pra despistar seu estado de espírito. Por exemplo, tem gente que não cai por nada, dá risada estando feliz ou triste porque sabe que o sorriso ajuda a melhorar alguma coisa, nem que seja a aparência. Taí uma coisa útil.

Por outro lado, há aqueles que conseguem atingir a dissimulação com excelência a ponto de se esqueceram de como agiriam no default. Não que ser fingido seja uma coisa ruim, pode até ser necessário, vai que você é pego fazendo merda e tem que fazer aquela cara de que não foi você e que não sabia o que tava fazendo, pode te salvar, olha aí. É que, na boa, eu fico de cara como tem gente falsa nesse mundo. E o foda é que conseguem ser dissimulados na maior cara-de-pau! Sinceramente, eu não tenho muita experiência pra falar disso porque eu não conheci tanta gente assim. Na verdade, até conheci mas logo quando percebi a máscara me afastei e fiquei sem matéria pra discutir no blog.

E qual é o ponto bom das mil e uma faces, além de te safar de uma fria? Pois então, meus queridos, disparo sem medo: encarar a vida de várias formas. Digo e repito que não há nada melhor nessa vida do que a NOVIDADE. Nada melhor do que perder o medo da bicicleta. Nada melhor do que pular o muro pra beijar a vizinha cujo pai é uma mala que acha que a filha é santinha. Nada melhor do que sentir pela primeira vez a sensação de liberdade e respirar o ar do novo, enquanto se desprende do modo antigo e se acostuma com o que é recente. Nada como mudar de vida, morar em um canto novo e conhecer gente nova. A novidade tem uma propriedade desconhecida que nos salta os olhos e não precisa trazer nenhuma característica bombástica, basta que seja nova e assim nos fará feliz por alguns segundos. Obs: não vou falar de perder a virgindade porque há vasta controvérsia sobre primeira vez, cabaço, precoce e afins.


Por enquanto, isso é tudo pessoal. Acho que eu não deveria ter me estendido tanto pra um primeiro post é assim mesmo, sem contar que eu nunca consigo estar em paz com a consciência e achar que eu atingi o que eu realmente queria; eu sempre me persigo nas minhas vontades, sempre contrário ao que eu tinha em mente primeiro. Por essas e outras, por mais que eu tente eu insista em não mudar: eu, caçador de mim.




Um comentário:

  1. Que bom que eu te inspirei a finalmente criar teu blog
    :)

    ficou massa o post.
    Beijos*

    YANNE

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